14 e 28 março 2014 | 14h30 | Auditório ESEC
O Século das Luzes uma herança para todos: a Enciclopédia e a democratização do ensino
Prof. Doutora Maria Regina Barcelos Bettiol
14 de março | 14h30 | Auditório da ESEC
Resumo
Fazer parte do Movimento das Luzes significava difundir o saber e o ensino na sociedade. Segundo Kant, as Luzes se definem pelo livre uso da razão e pela formação de uma opinião pública. Caracterizam, portanto, uma época e um espírito: a época da Enciclopédia e das reformas políticas do século XVIII; as Luzes são uma arte de pensar e de viver!
O Ponto central do pensamento das Luzes é a crítica das tutelas exteriores e a afirmação da autonomia. Um movimento de emancipação que faz com que o sujeito humano tome as rédeas do seu destino político e individual. Aos filósofos das Luzes, coube apenas o mérito de reunirem esse conjunto de ideias em suas obras e divulgá-las, sobretudo, na Enciclopédia. Eis alguns aspectos que caracterizam o movimento: autonomia: laicidade, verdade, humanismo e universalidade. A liberação do conhecimento vai se traduzir no mundo político, intelectual e artístico. As Luzes fundam a democracia (igualdade dos indivíduos e soberania dos povos) e proclamaram a fraternidade universal.
No século XVIII, os iluministas se debruçaram sobre o projeto enciclopédico. No deslumbramento da taxionomia, abriram novos espaços de enunciação: pensavam, falaram, nomearam, instalaram classificações, distribuíram conhecimentos por identidade, similitude e analogia; democratizaram as palavras e as coisas, trabalharam de forma que novos conhecimentos viessem a se depositar na Enciclopédia.
Em sendo assim, pelo viés da Enciclopédia, os enciclopedistas fundaram uma “nova mentalidade” e deram início a uma Nova Ordem, que seria ratificada pela Revolução Francesa. O pensamento iluminista teve grandes consequências no pensamento ocidental, fez emergir novas sociedades, baseadas em novos projetos de representação. Essas ideias materializadas e disseminadas pela Enciclopédia, promoveram uma grande revolução cultural, especialmente, no ocidente.
A correspondência entre as Artes: a pintura e a literatura na moda de Yves de Saint-Laurent
Prof. Doutora Maria Regina Barcelos Bettiol
28 março | 14h30 | Auditório ESEC
Resumo
Yves Saint-Laurent foi um estilista francês e um dos nomes mais importantes da alta costura do século XX .Aos 17 anos, deixou a casa dos pais para trabalhar como estilista na Maison Christian Dior, de quem herdou o controle criativo da casa Dior após a morte de seu mentor em 1957, com apenas 21 anos de idade.
Ao sair da Dior em 1962, Saint-Laurent fundou sua própria marca YSL, nos anos 60 e 70, a marca conheceria seu esplendor. Em 1966, foi o primeiro a popularizar o Prêt-à-porter, a preços mais acessíveis que alta –costura. Foi também o primeiro estilista do mundo a usar manequins negras em desfiles de moda.
Em janeiro de 2002, o estilista anunciou que estava deixando o mundo da moda durante a apresentação de um desfile seu, que trazia uma retrospectiva de todas suas criações, ao longo dos seus quarenta anos de carreira.
Nesta conferência intitulada A correspondência Entre as Artes: A Pintura e a Literatura na Moda de Yves Saint-Laurent , tencionamos lançar um olhar interartístico sobre o trabalho de Saint-Laurent. Com suas famosas agulhas, Yves Saint-Laurent soube cruzar fios pictóricos e poéticos, estampar telas e letras em seus impecáveis vestidos, tornando-se um dos estilistas mais famosos e criativos do século XX.
Sobre a oradora
Maria Regina Barcelos Bettiol é graduada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), mestre em Literaturas Francesa e Francófonas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), doutora em Letras (Literatura Geral e Comparada) pela Université Sorbonne Nouvelle Paris III, pós-doutoranda em Literatura Portuguesa pela Universidade de Coimbra, investigadora da Fundação CAPES/Brasil. Entre as suas publicações: O Século das Luzes: Uma Herança para todos.Porto Alegre: Tomo/Movimento, 2009.