“Abandono Zero”: boas práticas no combate ao abandono escolar no concelho de Sesimbra
Paulo Nuno Nossa

Nasceu em 1966. É doutorado em Geografia (2005). Foi diretor do Departamento de Geografia da Universidade do Minho entre 2007 e 2011. Presentemente, é docente no Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Foi coredactor do Plano Nacional de Luta Contra a SIDA (2004 – 2006) e Coordenador da Unidade de Prevenção da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida (2004-2005).
Acumula experiência diversa nos domínios de promoção do sucesso educativo e combate ao abandono escolar bem como na prevenção e promoção da saúde.
É autor de diversos livros nos domínios da saúde e da educação, bem como de variados artigos publicados em revistas nacionais e internacionais.
Paulo N. Nossa/FLUC/CEGOT
Daniel B. Rijo/FPCE/ CINEICC
Luiza N. Lima /FPCE/CINEICC
Palavras-chave: abandono escolar; boas práticas; base local
Com responsabilidades no EB, a C. M. de Sesimbra, desafiou investigadores e a Associação EPIS a desenharem uma estratégia de base local para combate ao abandono escolar: 2.º;3.ºciclo. Objetivos: Identificar fatores territorialmente potenciadores de abandono escolar; compreender os motivos de abandono; desenhar estratégias de resgate para contexto formativo envolvendo a escola, a família e atores locais.
Metodologia: O projeto desenvolveu-se em 3 fases: 1)Localização dos abandonantes, caracterização das famílias e identificação de fatores individuais de abandono; 2)Desenho de programa motivacional envolvendo famílias e recursos comunitários; 3)Execução de um programa de formação individualizado com objetivos de certificação de competências e posterior follow up de inserção na vida ativa.
Resultados: A taxa de sucesso do projeto foi de 58,6%: 17 sujeitos concluíram um nível de certificação educativa no 1º ano de frequência, permanecendo 9 alunos em conclusão no ano letivo 2012/2013 e 2 em ensino regular. Após certificação de competências, 2 alunos iniciaram estágio apoiado para inserção na vida ativa. Conclusões: A metodologia aplicada permitiu colocar no terreno um dispositivo de sinalização de abandono em tempo real, partilhando mecanismos de remediação entre a escola e autarquia. Foi possível contrariar crenças demonstrando que é exequível formular, com base local, uma 2ª oportunidade para jovens abandonantes, mesmo em faixas etárias mais avançadas.